Matéria atualizada às 23h51min.

A eficiência para converter em gol as chances criadas e a capacidade de reação após ficar duas vezes atrás do placar foram as chaves do ponto conquistado pelo Brasil em Ijuí nesta quarta-feira (7). Diante do São Luiz, pela sexta rodada do Gauchão 2024, o Xavante empatou por 2 a 2, no estádio 19 de Outubro.

O resultado mantém o Rubro-Negro em quarto lugar, com nove pontos, consolidado no grupo de oito classificados às quartas de final. Para a equipe de Fabiano Daitx, que não contou com os suspensos Anderson Recife e Marcinho, marcaram Bruno Reis, no primeiro tempo, e JP Bardales, na etapa final. Os mandantes anotaram com Diogo Sodré e Borasi.

Há três jogos sem perder, o Brasil volta a campo no próximo domingo. A partida contra o Guarany de Bagé está marcada para as 17h, mas a direção gostaria de reagendá-la para o início da noite, como aconteceu na vitória sobre o Santa Cruz, por exemplo. Será uma oportunidade de praticamente assegurar a permanência na elite e se aproximar da vaga nos mata-matas.

Gauchão
6ª rodada

Terça-feira
Grêmio 2 x 0 Novo Hamburgo

Quarta-feira
São Luiz 2 x 2 Brasil
Juventude 3 x 1 Avenida
Ypiranga 1 x 1 São José
Santa Cruz 0 x 2 Internacional

Quinta-feira
19h | Guarany x Caxias

Bola aérea marca a etapa inicial

O encaixado 4-1-4-1 de Fabiano Daitx foi reeditado em Ijuí. Sem os dois meio-campistas centrais, Pedro Santos pela direita e Jeferson Lopes à esquerda cumpriram os papéis de Marcinho e Recife, à frente de Maicky. Tinga ficou aberto pela direita, enquanto Robinho iniciou do outro lado.

A pressão inicial do São Luiz, porém, fez Daitx rapidamente repetir uma estratégia usada na vitória sobre o Caxias: a troca de posição entre Robinho e Bardales. O primeiro passou a atuar adiantado, por dentro, para puxar contra-ataques; o segundo foi deslocado para a segunda linha de quatro marcadores com o objetivo de fechar o flanco esquerdo, por onde o time da casa ameaçava na dobradinha de João Vitor e Gabriel Pereira.

Sem escape, o Xavante saiu atrás do placar aos 24 minutos. Após cobrança de escanteio, Thalheimer desviou de cabeça na primeira trave e Diogo Sodré ganhou lance com Gabriel Biteco na pequena área. De pé direito, o camisa 10 fez 1 a 0. A desvantagem fez o Rubro-Negro tentar sair mais da defesa, o que acabou gerando o empate aos 38.

Antes disso, Gabriel Oliveira precisou trabalhar em chute de fora da área de Gabriel Davis. Mas passado o melhor momento do São Luiz no jogo, o Brasil deixou tudo igual. Um escanteio pela esquerda foi cobrado curto. Tinga cruzou alto na segunda trave e Bruno Reis, soberano, cabeceou sem chances para Raul: 1 a 1. Antes do intervalo, Gabriel Biteco, em finalização rasteira, fez o goleiro da equipe mandante defender com o pé.

Reação rápida

O time de Ijuí voltou diferente para o segundo tempo. Saiu Diogo Sodré e entrou o argentino Benjamín Borasi. Com isso, Gabriel Pereira passou a atuar por dentro no ataque, ao lado do centroavante Yan Philippe. Assim como na etapa inicial, o São Luiz tentou pressionar. Gabriel Oliveira fez boa defesa em batida desviada de Gabriel Davis, aos quatro minutos.

A primeira conclusão rubro-negra saiu aos nove, em cabeçada de Bardales que Raul defendeu sem dar rebote. A equipe de Alessandro Telles apostava nos arremates de longe. Aos 15, Daitx mexeu: saíram Tinga e Robinho, entraram Danilo e Vini Charopem. Com isso, Biteco foi adiantado para a segunda linha de marcação.

No São Luiz, entrou Vini Peixoto, pelotense com passagem pelo Brasil em 2022. No minuto seguinte, ele participou do lance do gol de Borasi. Bateu para o meio da área e o argentino desviou para fazer 2 a 1. Daitx respondeu na sequência, colocando Maurício para ser o meia central de um 4-2-3-1. Bardales voltou a ser a referência móvel do ataque.

Deu certo. Aos 25 minutos, Pedro Santos aproveitou passe mal feito na defesa do São Luiz e interceptou. A bola se ofereceu a Bardales. O camisa 9 avançou, invadiu a área e soltou uma bomba que Raul não conseguiu defender: 2 a 2.

Reta final

Já com Adriel, que estreou no Gauchão ao substituir Bruno Reis antes do gol de empate do Rubro-Negro, o Xavante ia controlando o ponto conquistado. A comissão técnica também mandou a campo o garoto Yander na vaga de Biteco. A intenção foi fortalecer a marcação do lado esquerdo ofensivo do rival, em que Airton e Vini Peixoto atacavam.

Consciente de que o empate era favorável pelas circunstâncias, o Brasil segurava os ataques adversários. Aos 45, quando o árbitro Rafael Klein já havia indicado acréscimo de seis minutos, Gabriel Pereira finalizou muito perto do travessão. Durante o tempo extra, a pressão do São Luiz cresceu. O time rondava a área rubro-negra, mas não conseguiu arrancar a vitória e o Xavante retornou com um ponto valioso na bagagem.

Ficha técnica

São Luiz (2): Raul; João Vitor, Ricardo Thalheimer, Bruno Jesus e Márcio Duarte (Airton); Felipe Baiano (Mateus Santana - 33' 2T), Gabriel Davis, Diogo Sodré (Benjamín Borasi - intervalo); Yan Philippe (Gabriel Morbeck - 16' 2T), Dal Pian (Vini Peixoto - 16' 2T) e Gabriel Pereira. Técnico: Alessandro Telles (suspenso).

Brasil (2): Gabriel Oliveira; Gabriel Biteco (Yander - 33’ 2T), Zé Pedro, Bruno Reis (Adriel - 22’ 2T) e Jefinho; Maicky (Maurício - 22’ 2T), Pedro Santos, Jeferson Lopes; Tinga (Danilo - 15’ 2T), JP Bardales e Robinho (Vini Charopem - 15’ 2T). Técnico: Fabiano Daitx.

Gols: Diogo Sodré, aos 24’ 1T, e Borasi, aos 17’ 2T (SL); Bruno Reis, aos 38’ 1T, e JP Bardales, aos 25’ 2T (B).

Cartões amarelos: Gabriel Pereira (SL) e Jefinho (B).

Árbitro: Rafael Klein.

Local: estádio 19 de Outubro.